segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Falta de Ar



"Se você vai tentar, vá até o fim, caso contrário, nem comece" - Bukowski

Dois dias se passaram desde estava a "salvo" dentro da escola, a comida estava acabando e a energia havia sido cortada um dia antes, qualquer comunicação era impossível e os mortos fora da escola aumentavam cada dia mais de quantidade. Precisávamos sair dali.
As crianças já estavam com muita fome, e quando nos demos conta o pai delas, Marcelo estava se preparando para sair, a rua parecia deserta, ele abriu o portão e foi onde o inferno começou novamente, um zumbi caido estava a espreita e mordeu o pé de Marcelo, sua mulher gritou e correu em sua direção, 2 ou 3 zumbis passaram também pelo portão, Paulo em vão tentava empurrar eles pra fora, mas logo foi encurralado e mordido também, Foram cerca de 3 minutos para o lugar estar repleto novamente de mortos vivos, eu nada podia fazer, peguei uma das pás usadas como armas por eles e tentei ajudar, o cara que tinha uma arma, acertou a cabeça de uns 2 e conseguimos fechar o portão, ainda haviam cerca de 5 dentro da escola, Paulo mesmo mordido acertou a cabeça de um com o martelo, Jonas ainda derrubou mais 2 e eu arranquei a cabeça de um com a pá, ele já estava bem decomposto então com 2 golpes logo ele estava no chão.

Marcelo havia morrido . . sua mulher chorava muito, e Paulo mesmo mordido chamou todos para a sala, ele dizia que haveria pouco tempo para ele, e que ele deveria passar o que sabia sobre o acontecido. Jonas ainda com a arma na mão, ficou muito nervoso e chingou o velho por ele não ter dito nada até o momento, a mulher de marcelo ao mesmo tempo de chorava tentava acalmar as crianças, e Rosana tentava ajudar.
Precisávamos sair dali o mais rápido possível.

Paulo começou a dizer que trabalhava em uma importante empresa de criação de remédios de Guarulhos, mas circulavam noticias de que uma concorrente da mesma cidade havia feito uma descoberta que mudaria o ramo médico, está empresa por sua vez implantou espiões para roubar a idéia ou sabotar se não fosse possível, tudo saiu errado depois disso, na tentativa de fugir com o remédio o espião foi atingido, mas antes destruiu no chão todas as amostras. Paulo estava presente na hora, como um dos químicos responsáveis, não pode fazer muita coisa, o virus contaminou os primeiros guardas que em questão de minutos ja haviam mordido, mais e mais gente, ali o banho de sangue havia começado, o governante logo foi avisado mas a situação havia perdido o controle. O governo de são paulo não teve tempo de evacuar a cidade, apenas os cidadão mais importantes e havíamos sido deixados para morrer. Paulo dizia que deveríamos sair da cidade, antes do plano padrão, para conter doenças. O plano de "dedetização" da cidade. Estávamos com os dias contados.

Depois da historia, mau sabia o que pensar, me vi mais perdido do que nunca, e nisso percebi uma ironia do destino, quase sem ar depois de todo esse sangue e mortes, me vi com necessidades de usar minha "bombinha" estava quase sem ar, e nela percebi o nome de uma das empresas fabricantes de remédio citadas por Paulo, o que sempre salvou minha vida, havia criado algo que poderia tira-lá de uma hora pra outra.
Usei o remédio e meu coração disparou, sentei e decidi pensar em como sair dali na manhã seguinte,

BAM, um tiro, paulo havia se transformado, e Jonas não teve escolha, eram menos 2 pessoas no grupo
2 mulheres, 2 crianças um asmático e um cara com uma arma, tínhamos que sair dali. 

 

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Sem Saída



Uma descoberta pode mudar a sua vida...
Um erro pode destruir
. - N
o Country for Old Men

Acordei, a TV apenas chiava com um barulho irritante, o gosto de álcool estava forte e eu precisava sair de casa, curiosa mente meu visitante já não se esgueirava no portão. Decidi pegar algo pra usar como arma e ir atrás da mensagem de minha irmã, a coisa mais parecida com isso que achei foi um martelo, e uma faca de cozinha semi-afiada. Enrolei a faca em um pano, e coloquei na mochila e deixei o martelo a mãos. Antes de sair de casa olhei para fora, a rua estava deserta, era aproximadamente 7 da manhã, o celular ainda funcionava com a bateria no fim.

Descendo a rua a cena mais forte que já vi, alguns "zumbis" comiam um cachorro, ou o que restou dele na rua, era 3, um gordão, uma mulher, e um negro meio baixo. No primeiro momento nenhum deles prestou atenção em mim e pude continuar a descer com o carro desligado, a escola ficava a mais ou menos 2 km da minha casa, então havia decidido que só ligaria o carro quando realmente fosse necessário.

2 ruas a baixo, mais alguns zumbis, cerca de uns 10, estavam em volta da escola, minha esperança estava acabando, e piorou, quando vi o carro do meu pi parado cheio de mortos vivos dentro, desci e tentei correr pra cima deles, puxei um com força pra fora do carro, minha roupa cobriu de sangue, acertei o martelo na cabeça de um, ele era magro e quase sem cabelos, do outro lado duas garotas, ja com as mão cheias de sague, enfiei a faca n no peito de uma delas, foi macio, e ais sangue voou em minha roupa, percebi que nenhum deles morria. Acertei novamente a cabeça da menina com a faca no peito, e ele caiu feito merda no chão, acho que matei alguem, mas eles ja estavam mortos, olhei para trás e mais 4 vinham em minha direção, eles não eram muito rápidos, nem fortes, mas eu sabia, que como nos filmes, uma mordida seria fatal.

Esperança . . vi 3 pessoas não transformadas abrindo o pequeno portão da escola, corri em direção a elas, tinha muito sangue por toda minha roupa, no meu rosto, mas eu estava vivo.

Entrando na escola, tentei reconhecer as pessoas, mas não conhecia ninguém, era um senhor, moreno mais de 60 anos, uma mulher com aparência de uns 30 e um outro cara negro e magrelo, ele tinha uma arma.
Logo perguntei sobre as pessoas do bairro que haviam se reunido ali, todos ficaram quietos, a mulher me explicou que na primeira noite o portão foi mal trancado e vários zumbis invadiram, muitas pessoas fugiram e muitas foram mortas, estava chocado, minha familia inteira poderia estar morta, e eu ali sem saber o que fazer, a moça me convidou para olhar alguns corpos e ver se conhecia alguem, e logo depois deveriamos subir para o segundo andar onde se encontravam os outros sobreviventes.

A escola estava completamente destruída, não havia condições de se viver ali muito tempo, e acho que todos sabiam disto, de todos os corpos que vi, reconheci alguns, uma garota do mercado, a prima de um amigo, os "vida loka" que ficavam fumando maconha na praça, alguns senhoras amigas da minha avó, muitas crianças . .  tinha sangue por todos os lados, mas nada da minha familia. ainda existira esperança?
Subindo para o segundo andar da escola, tudo estava mais calmo, os refugiados estavam juntos em uma sala,     a energia ainda funcionava, em alguns cantos e havia menos sangue, nenhum rosto familiar, havia mais uma mulher, um homem e duas crianças, eles estavam muito assustados, eu também, mas eram os primeiros normais que via em dias, precisava de informações. O senhor mais velho falava que não havia nada de guerra, e que aquele inferno havia começado em nossa cidade a mais ou menos uma semana, mas o governo havia escondido, quando a situação saiu do controle, tentaram evacuar, mas foi tudo em vão, ele trabalhava em uma importante empresa de remédios, seu nome era Paulo, ele disse que tentaram estudar a criação de uma cura, mas era cara demais pra ser desenvolvida e em questão de 4 dias a cidade havia sido tomada.

Depois da historia me apresentei para todos, e perguntei da minha familia, o senhor disse que pessoas parecidas haviam fugido com  primeira multidão e logo depois a invasão ficou pior eles tinha ficados presos ali. A mulher se chamava maria, as crianças, pedro e joana, o pai marcelo, o outro rapaz jonas e a segunda melher mais velha rosana. todos tinham perdidos filhos, mães e pais, haviam sido comidos, e alguns, até andavam lá fora, Será que este era o destino de minha familia? 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Começo (Diário de Sobrevivência) - Capitulo 01 - Parte 2


"When you ain't got nothing, you got nothing to lose" - Like a rolling stone (Bob Dylan)


" Acredito que em toda nossa vida agente sonha com o dia que podemos ser heróis e derrotar um inimigo / monstro sem grandes problemas, ou pelo menos nos perguntamos, será que se eu precisa-se, conseguiria matar alguém para se proteger a pessoa amada? 


    Bom, este não era o meu caso quando eu vi aquele cara, sangrando por tudo que era lado e caminhando em minha direção não pensei duas vezes, entrei dentro de casa e me tranquei, (foi uma atitude meio covarde, mas humana). Se não fossem pelas roupas cheias de sangue e obviamente a falta de um braço, seria quase impossível acreditar que aquilo era um zumbi, era muito mais real do que nos filmes, era mais fedido também, e caminhava em minha direção como se eu fosse a ultima gota de água em quilômetros. Ele tentou varias vezes se esgueirar pra dentro do portão de metal com seu único braço e eu dava passos para tras como se não acredita-se no que via. Era meu primeiro contato com algo que sempre assisti e li em quadrinhos e agora estava ali querendo comer minha carne a qualquer custo. 

Eu o observei por alguns minutos antes de decidir o que fazer e até pensei em atropelar o cara (se ainda podia ser chamado assim), seria até uma boa idéia de fuga, se eu não tive-se deixado a chave no contato quando entrei pela primeira vez em casa desesperado e deixei o carro do lado de fora.
Ele até que tinha o rosto familiar, mas não me culpo de não conhecer todos os meus vizinhos, acho que esse bairro nem era muito melhor antes disso tudo acontecer, eu só precisava saber onde estavam meus pais."


Em filmes de zumbis quando um parente do personagem morre isso é encarado com certa naturalidade pelos presentes, tipo, dãr, estamos em uma invasão zumbi, sentimentos são deixados para trás. Mas não era o meu caso, novamente, eu estava preocupado com minha mãe e minha irmã, será que elas escaparam, será que conseguiram falar a tempo com o meu pai? será que já estavam mortas? O celular estava com sinal mas nenhuma ligação era completada, a Tv ainda funcionava e estava ligada do mesmo jeito que deixei logo que entrei em casa, o canal evangélico ainda dizia o papo do apocalipse, enquanto o canal mais famoso falava o papo de acidente nuclear, seguido de guerras, nenhuma informação parecia muito coerente mas se ist continua-se estas logo seriam minhas ultimas informações do mundo de fora, precisava estar atento, depois de algumas horas, decidi ver se a internet ainda funcionava, já era 10 da noite e nada tinha mudado, nem meu amigo comedor de cérebros tinha saido do portão, nem meus pais davam sinal, foi a atitude mais inteligente que havia tomado, e deveria ter sido a primeira. O computador que fica no andar de cima da minha casa já estava ligado e tinha um bloco de notas aberto com uma mensagem grande escrita,


. . . DANIEL SEU IDIOTA, quando ver isto, pega suas coisas e tenta vir pra escola próxima de casa, alguns vizinhos se uniram e pegaram suprimentos para se refugiar lá, eu, a mãe e todos os outros vamos junto, o pai ja está a caminho, vem logo. 

ass. Amanda.



Não sei descrever a felicidade que estava ao ler aquilo e saber que estava tudo "bem".
Decidi tomar um banho antes de sair, poderia ser a ultima vez que encontraria um banho quentinho na vida.
Isso podia ser até o fim do mundo, mas como aprendi em bons filmes de terror que assisti em toda minha, tudo sempre acontece a noite, e eu não iria arriscar sair de casa naquela hora pra morrer. Decidi tomar o black label que meu pai guardava com tanto carinho pra poder dormir até de manhã, alias, era o fim do mundo ele não se importaria com um simples Whisky. Eu precisava pensar em como sairia de casa no outro dia, como tiraria meu convidado do portão sem ser mordido, e o mais importante, que tipo de música eu deveria ter antes do mundo acabar, dei alguns goles no whisky sem gelo e já me senti meio tonto. Era hora de dormir e pensar em um plano pela manhã.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Começo (Diário de Sobrevivência) - Capitulo 01




"Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura." (Bukowski)

" . . está frase, nem em dias tão difíceis quanto os que já passei por está vida, nunca fez tanto sentindo como hoje, dia 04/01/2011 o dia que este inferno começou e não parece ter fim."

Já era quase 6 da tarde, quando pegando meu carro sigo em direção a minha casa em guarulhos onde moro com minha mãe e irmã, logo de inicial sentia que a noite que caia estava muito estranha, o transito entre meu serviço e minha casa estava um inferno como qualquer outra dia chuvoso, transito, buzinas, carros quebrados, gente nervosa e eu ali escutando meu Ramones diário.
Quando chego em casa o susto, a porta estava aberta e nada parecia no seu lugar, corri apreensivo para ver se via alguem, nada, a casa estava completamente vazia, como se todos estivessem sido abduzidos por et's de uma hora para outra. O medo de que algo tivesse acontecido com minha familia aumentava e sem saber o que fazer, depois de tentar ligar em todos os celulares possíveis, decidi ligar a tv.

O que eu vi naquela noite, frente a tv mudaria tudo o que conheci até hoje, um dos programas sensacionalistas  diziam que era o fim do mundo, outros que o Brasil estava sob guerra e armas biológicas haviam atingido nosso pais mas nada me parecia real. A tv pedia para as pessoas manterem a calma e não sairem de casa até a situação ser resolvida, mas minha familia havia sumido, o que eu deveria fazer?? O papo que se falava era de mortos-vivos caminhando sobre a terra com efeito de armas químicas, como eu poderia acreditar nisto?

Obviamente que encarei como piada, apesar de crescer assistindo noite dos mortos vivos e ser um viciado em coisas do tipo, nunca pensei que pude-se acontecer de verdade.
Resolvi que procuraria respostas na vizinhança e arrumei uma pequena mala com roupas, peguei as chaves do carro e sai, trancando o portão (que parecia estar aberto a horas sem nada ser roubado) vejo alguem subindo a rua caminhando lentamente, era a primeira pessoa que via em horas, tudo seria normal se ela não estive-se sem um dos braços . . 

este foi o começo do fim, como gosto de chamar, mas, estava errado . .
muita coisa ainda iria acontecer nesse verdadeiro, inferno.